CityTour Brasil Virtual – Igreja São João Batista #P3
Seguindo nosso passeio no Red Bus por Foz a parada de hoje é a igreja da cidade. Não é a única mas foi a primeira da região. Antes disso, religiosos visitavam Foz apenas uma vez ao ano devido às dificuldades do trajeto para chegar à cidade. Eram viagens longas de cavalo ou carroça e costumavam levar até 03 meses.
#P3 – Igreja São João Batista
Também chamada de Igreja Matriz. Foi construída em 1923 quando os primeiros religiosos chegaram à cidade. Eram apenas três pessoas: Monsenhor Guilherme, Padre João Progzeba e Irmão Bianchi. Monsenhor em 1926 foi nomeado Prelado (líder) da igreja na nossa região.
As terras onde encontra-se a igreja foram doadas e seu antigo proprietário gostava muito de São João Batista sendo este o motivo da escolha do nome para a mesma. São João Batista também tornou-se padroeiro de Foz do Iguaçu.
Em frente à Casa Paroquial em 1927 foi criado o Grupo Escolar Bartolomeu Mitre e seu primeiro diretor foi Monsenhor Guilherme que sempre se envolveu fortemente nas áreas de educação e saúde. A casa paroquial no inicio também serviu com escola provisória do Instituto São José, das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paula. O colégio funciona até hoje na quadra de trás da Igreja.
A construção da igreja levou bastante tempo e para ajudar foi montada uma marcenaria nos fundos onde os padres trabalhavam. Outras construções se beneficiaram da marcenaria como o Hotel Cassino da nossa #P2 no passeio.
Em 1925 a pequena igreja ali construída foi destruída por um incêndio. O fogo surgiu devido à queda de um dos fogos de artifício no telhado durante uma celebração.
A festa era para comemorar a saída das tropas da Coluna Prestes da cidade.
No final de 1924 as tropas revolucionárias paulistas e gauchas juntaram forças em Foz do Iguaçu. Os gaúchos eram liderados pelo tenente Luis Carlos Prestes. Foi aqui na cidade que se formou a “Coluna Prestes” que marchou mais de 25mil km por todo nosso país promovendo protestos contra o governo brasileiro na época. Eles ficaram na cidade por sete meses. Nesse período boa parte da população, junto com o prefeito e sua família, se abrigou em Puerto Iguazu na Argentina com medo dos militares revoltos. A única autoridade a permanecer em Foz foi Monsenhor Guilherme.
Durante esses meses em Foz, a Coluna Prestes ajudou a acabar com as “Obragens”, que eram grandes áreas de terra para extração de madeira e erva mate na região onde hoje é o Parque Nacional do Iguaçu do Brasil. Essas obragens eram comandadas por argentinos. Os brasileiros que trabalhavam nessas “fazendas” eram mantidos quase como escravos. Vendo essa situação os militares da Coluna Prestes invadiram e expulsaram os argentinos de volta pro outro lado do rio, libertando assim os brasileiros.
Em Maio de 1925 quando a Coluna Prestes saiu de Foz, a Igreja promoveu uma missa e uma festa para comemorar. Nessa festa que aconteceu o incêndio relatado acima.
Monsenhor Guilherme teve seu nome dado a vários locais e obras públicas na cidade, por exemplo: Hospital Santa Casa Monsenhor Guilherme (fechado) e Colégio Estadual Monsenhor Guilherme (ainda em atividade).
Quer saber mais? Faça um dos nossos City Tours e conheça melhor a nossa cidade.
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