A mãe das Cataratas do Iguaçu
Além de Naipi (a índia protagonista da lenda das Cataratas – um dia contaremos essa história por aqui), outras mulheres foram muito importantes para o nosso cartão postal. Mas para começar essa história, temos que ir para o outro lado da fronteira, mais precisamente para a capital argentina, Buenos Aires.
No dia 13 de janeiro de 1860, nascia na cidade portenha uma menina chamada Victoria Aguirre Anchorena. Em 1900, então com 40 anos, Victoria fez parte da primeira excursão para conhecer as Cataratas do Iguaçu.
Agora, vamos imaginar o seguinte: Na época, o único meio para chegar até esta região era de navio. A viagem podia durar meses. M E S E S.
Não bastasse isso, todo esse esforço foi totalmente em vão. A primeira turma de turistas da capital não conseguiu chegar nem perto das quedas, já que não havia caminho ou estrada até as Cataratas do Iguaçu.
Haja paciência, né?
É aí que entra o heroísmo de Victoria Aguirre. Nascida em uma família bem afortunada, ela foi uma personalidade conhecida por seu altruísmo (além de ser bela, recatada e do lar poeta, estudiosa, filantrópica, etc). Fazia doações para as mais variadas instituições, como universidades, igrejas, museus, hospitais e asilos.
Por isso, para ela foi fácil tomar a decisão de doar dinheiro para que abrissem a estrada até as Cataratas do Iguaçu. Em sua homenagem, a cidade levou seu nome por alguns anos: Puerto Aguirre (depois, passou a se chamar Evita Perón e, então, Puerto Iguazú).
Victoria morreu em 1927 em Buenos Aires. A principal rua de Puerto Iguazú ainda leva o seu nome, jamais deixando ser esquecida por sua contribuição na criação da cidade da fronteira.
Victoria é a de vestido branco e chapéu escuro, no centro da foto.
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